O que você ganha quando mistura um material natural usado de uma nova maneira com uma escolha consciente de salvar o ecossistema? Você tem aquela sensação distinta de ser parte da solução, em vez do problema. O designer brasileiro Mauricio Affonso, do LuffaLab, encontrou uma maneira de criar telhas acústicas da planta de vinha tropical fornecendo matéria-prima para a indústria da beleza. O recém-formado do programa Design Products no Royal College of Art, em Londres, explora novas aplicações para o material Luffa com seus ladrilhos acústicos INDIGO feitos de Luffa moldada.

Decorativos e funcionais, estes azulejos geométricos em 3D são um retrato artístico da realidade, bem como uma solução inovadora e criativa para a realidade que retrata: “A cor índigo é conseguida através da reutilização de águas residuais da indústria de tingimento de denim. Como a maioria dos têxteis, o fabrico de jeans começa com o algodão branco liso. O que muitas pessoas não percebem é que o processo de jean-blue é venenoso para o abastecimento de água em comunidades como Xintang, China. Fibras altamente absorventes de Luffa podem ser usadas para absorver esses corantes prejudiciais que seriam descarregados. O resultado é uma série de belos azulejos de parede de indigo adequados para interiores residenciais e de escritório.”

Luffa ou bucha não é apenas um produto de beleza popular, mas também um vegetal consumido em sua fase inicial de desenvolvimento. Uma vez que a fruta da luffa esteja completamente madura, ela se torna fibrosa e significa que ela pode ser moldada em objetos funcionais ou esculturais. Já vimos a cortiça sustentável e ecologicamente correta usada para criar sofás curvilíneos ou mesas de pinos flexíveis, facilmente viradas para se transformar em banquetas. Iremos ver mais produtos Luffa com vontade de mudar o mundo no futuro?